quarta-feira, 1 de julho de 2009

Anomalia Magnética do Atlântico Sul

A físico-química da alta atmosfera é dependente radiação solar na região dos UV's e Raios-X e das radiações cósmicas provindas do Espaço Profundo, além das condições geomagnéticas do Planeta. O Sol, é a principal fonte energética da Terra, e influi de maneira decisiva no comportamento não só das altas camadas atmosféricas, mas em toda a sua dinâmica. A energia provinda do espaço provoca a ionização das moléculas atmosféricas e a sua dissociação. Assim se inicia uma série de reações químico físicas cuja complexidade aumenta à medida em que aumentamos o foco das nossas observações. Sobre o Brasil, isto é, na região tropical, o campo geomagnético tem uma orientação horizontal, e sobre o Sul do Brasil, tem baixa intensidade. Isso influi de maneira muito importante toda a dinâmica atmosférica e ionosférica. A atmosfera terrestre não é estática, é uma estrutura dinâmica cujas reações e movimentos se originam principalmente de dois fatores: A influência do Sol e suas radiações, e a rotação da Terra. Na Troposfera por exemplo, as movimentações das massas de ar, estão intimamente ligadas às variações de pressão, que por sua vez são geradas pelas diferenças de insolação entre os hemisférios. Já a Ionosfera, composta de camadas, se inicia em torno dos 50~60 Km de altitude e se estende até 1000 ~2000 Km, naquela região tem a predominância iônica, cujos principais agentes são a radiação solar nos comprimentos de onda dos raios-X e ultravioleta, da forte predominância das interações químicas e dinâmicas entre a atmosfera neutra e o plasma. A influência na propagação das ondas de rádio assim, é dependente das condições não somente da ionosfera, mas da dinâmica atmosférica como um todo e das condições magneto - dinâmicas do Planeta.A observação solar em todos os comprimentos de onda pode ser considerada de fundamental importância para a compreensão do Cosmos. Pode-se afirmar que sua compreenção é o primeiro passo em direção ao Espaço. O Sol é, e sempre será, laboratório para a obtenção “in situ” dos dados necessários para a elaboração das teorias necessárias ao entendimento dos processos, fenômenos e suas causas , que ocorrem em todos os corpos a partir do Sistema Solar em direção ao Universo, incluindo a Terra. A atividade solar representada pelas explosões, pelos ventos solares entre outros efeitos, causa diversas alterações em todo o Planeta Terra (E Sistema Solar), tais como variabilidade climática, as tempestades, as variações ionosféricas, geomagnéticas, além da modulação dos raios cósmicos entre outros efeitos que também seguem as peridiocidades do nosso Astro Rei. A chamada conexão Terra-Sol, tem uma interação estreita e complexa, cujas causas e efeitos estão sendo estudados e mapeados para posterior entendimento dos processos que ocorrem no ambiente espacial que interconecta o nosso Planeta à sua Estrela. A atmosfera é uma fina camada que envolve alguns planetas, composta basicamente por gases e poeira, retidos pela ação da força da gravidade. Podemos definir-la como sendo uma fina camada de gases sem cheiro, sem cor e sem gosto, presa à Terra pela força da gravidade. Visto do espaço, o planeta Terra aparece como uma esfera de coloração azul brilhante. Esse efeito cromático é produzido pela dispersão da luz solar sobre os gases atmosféricos.
Não existe um limite definido entre o espaço exterior e a atmosfera, presume-se que esta tenha cerca de mil quilômetros de espessura, 99% da densidade está concentrada nas camadas mais inferiores, cerca 75% está numa faixa de 11 km da superfície, à medida em que se vai subindo, o ar vai se tornando cada vez mais rarefeito perdendo sua homogeneidade e composição. Na exosfera, zona em que foi arbitrado limítrofe entre a atmosfera e o espaço interplanetário, algumas moléculas de gás acabam escapando à ação do campo gravitacional. O estudo da evolução térmica segundo a altitude revelou a existência de diversas camadas superpostas, caracterizadas por comportamentos distintos, como sua densidade vai diminuindo gradualmente com o aumento da altitude, os efeitos que a pressão atmosférica exerce também diminuem na mesma proporção. A Ionosfera do planeta terra é fundamental para toda uma série de fenômenos que se processam em sua superfície, como os deslocamentos de massas de ar e os ventos, as precipitações meteorológicas e as mudanças do clima. O limite onde efeitos atmosféricos ficam notáveis durante re-entrada em si, é em torno de 120 quilômetros. A altitude de 100 quilômetros também é usada freqüentemente como o limite entre atmosfera e espaço.
As auroras (Boreal e austral) têm sofrido mudanças de comportamento significativas tanto no Hemisfério Norte, quanto no Hemisfério Sul, acredita-se que isto ocorre devidas alterações da composição iônica na alta-atmosfera. A Aeroluminescência que ocorre em ocasiões de extrema ionização atmosférica, tem sofrido mudanças de comportamento, tudo indica que o fenômeno está sendo interferido pela descarga de milhões de toneladas de Carbono na atmosfera.
A Ionosfera é uma região eletrizada da atmosfera da Terra situada em altidutes de aproximadamente a partir de 50 Km, e presume-se até milhares de quilômetros. Ela consiste de íons e de elétrons livres produzidos pelas influências ionizantes da radiação solar e de partículas cósmicas e solares energéticas incidentes. A ionosfera está sujeita a acentuadas variações geográficas e temporais. Ela exerce um profundo efeito sobre as características das ondas de rádio propagadas dentro, ou através dela.
A Magnetosfera da Terra é a região definida pela interação do plasma estelar (Sol) magnetizado com a atmosfera magnetizada desse astro (Terra) em que os processos eletrodinâmicos são basicamente comandados pelo campo magnético intrínseco do planeta e sua interação com a estrela. Sua morfologia, em uma visão simples, pode ser vista como uma bolha comprimida na parte frontal ao fluxo estelar incidente no astro e distendida no sentido do afastamento desse fluxo. A região apresenta a parte frontal a aproximadamente 10 raios terrestres, uma espessura de 30-50 raios terrestres e uma cauda que se alonga a mais de 100 raios terrestres. Mesmo um astro sem campo magnético pode apresentar uma magnetosfera induzida, que é consequência das correntes elétricas sustentadas pela ionosfera existente.
A ionosfera se localiza entre cinquenta e quatrocentos quilômetros de altitude ( Estas coordenadas são para efeito de estudo), conforme já descrito acima, é composta de íons, plasma ionosférico, e, devido à sua composição, reflete ondas de rádio até aproximadamente 30 MHz em condições normais. A reflexão ionosférica, espalhamento e canalização tem ocorrido até freqüências acima de 50 Mhz, mas estatisticamente o tempo de ''propagação aberta'' nas bandas altas se torna muito susceptível à variações ambientais. Na prática, sua utilização se dá no máximo até 30 MHz.
Nas zonas mais baixas da atmosfera, os elétrons livres e íons desaparecem. Isto ocorre devido à maior densidade de partículas mais pesadas, portanto, a recombinação prevalecerá sobre a ionização. A densidade dos gases nas zonas mais altas é muito baixa. A quantidade de radiação, ou seja, a energia vinda do espaço é muito grande até determinada altitude, contudo, não existem gases, átomos, ou moléculas livres suficientemente para serem ionizadas. Só haverá ionização à medida em que mergulhamos na atmosfera, até uma certa profundidade limítrofe.
A reflexão ionosférica pode levar ao fenômeno da cintilação, isto ocorre devido à atuação dos sinais perante as irregularidades ionosféricas que atual como uma tela de fase variável nos sinais transionosféricos de fontes. Esta tela eletrônica dá origem à efeitos de difração com cintilação de amplitude, ângulo de chegada e fase. Portanto, num meio variável onde ocorrem densidades variáveis, ocorre o fenômeno da reflexão, refração e difração dos sinais de radiofreqüência que pode ser simultâneo ou não.
Observações das variações do ruído de fundo em diversas freqüências realizadas no município de Paula Freitas, Paraná, no Campus de Pesquisas Geofísicas Major Edsel de Freitas Coutinho, sugerem que o nível de ruído tem uma variação significativa na região da anomalia, presume-se que isto ocorre devido campo magnético menor que o esperado para a região. Trabalhos de pesquisas estão monitorando este nível de ruído e comparando-o com dados provenientes dos satélites GOES que medem as partículas cósmicas que chegam do Sol.
Para mais detalhes leia:
http://sites.google.com/site/anomaliamagneticabrasileira/




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